A região norte
tem uma grande deficiência no setor logístico que necessita com urgência de
planejamentos integrados de logística e transporte para superar os gargalos do
desenvolvimento da região, um estudo realizado pela Macrologística a pedido das
indústrias dos estados da região norte, apontou uma série de investimentos
importantes, que poderiam promover um grande aumento da competitividade dos
setores produtivos regionais.
O
Estado do Acre não foge a regra, sendo considerado “fim de linha” entre as
empresas de logística e transporte, o Acre apresenta uma serie de deficiências
que fazem com que a logística para o estado seja uma das mais complicadas e
caras do país.
Problemas
estes, que vão desde a falta de indústrias que favoreceriam o retorno de
carretas até a falta de estrutura rodoviária. Quem transporta para região
encontra grande dificuldade para retornar com carga, muitos voltam “batendo”
até o estado de Rondônia, onde conseguem carregar para outras regiões do país,
os poucos que conseguem, saem do estado carregados apenas com madeira,
castanha, carne, couro, preservativo e lixo para reciclagem, o que também
limita o tipo de carreta que pode ser utilizada na região.
Outro
problema que o estado do Acre enfrenta, é a falta de ligação com o restante do
país via rodoviária, existem pontes que ligam o estado há Bolívia, ao Peru, mas
não tem ponte que liga ao Brasil, para chegar até o Acre é necessário utilizar
uma balsa para a travessia do Rio Abunã, no estado de Rondônia, durante o período de seca, a travessia
deste rio fica quase que totalmente bloqueada, formando filas quilométricas de
carretas, muitos passam até 5 dias para conseguir atravessar.
Todos
estes fatores tornam a logística para o Acre, além de complexa, muito onerosa,
todos estes transtornos são levados em consideração na hora da formação do
preço do frete, e quem acaba pagando esta conta é o consumidor final, que é
obrigado a consumir produtos com preços acima do mercado nacional e por vezes
sofre com a falta de abastecimento, tanto de alimentos quanto de combustível.
São
dificuldades como estas, dicas de como transportar para região, informações do
que está sendo feito pelo governo para melhoria do processo logístico e outros
fatores diretamente relacionados ao seguimento, que vamos tratar neste blog.
Marcos Lima
Quanto aos medicamentos que o PNI (distribuição de insumos) do Min. da Saúde, como faz para evitar perdas de medicamentos ja que, estes precisam de refrigeração? os lugares acessíveis apenas de barcos recebem estes insumos dentro da validade e dentro do prazo?
ResponderExcluirSra. Andreia, eu ainda não tive a oportunidade de coordenar logística de medicamentos, mas de acordo com seu questionamento, a maneira para gerar menos perca, já que os medicamentos necessitam de refrigeração, ter um preposto refrigerado no Acre, com câmaras e docas preparadas para este tipo de recebimento, isolantes, que não permitem a perca de temperatura durante o descarregamento, e a distribuição dos mesmos pelos rios, em caixas térmicas preparadas para este tipo de transporte, para preservar a qualidade do produto. Quanto ao prazo do produto, teria que trabalhar com o que denominamos de cross docking, a mercadoria chega no preposto e já embarca com destino aos postos, com isso você ganha em prazo. Espero ter ajudado.
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