terça-feira, 29 de maio de 2012

FedEx faz acordo para comprar Rapidão Cometa


SÃO PAULO, 29 Mai (Reuters) - A FedEx anunciou nesta terça-feira (29) que fechou acordo para comprar a companhia brasileira de transporte e logística Rapidão Cometa, que vinha sendo representante autorizado da norte-americana no Brasil havia mais de uma década.
O valor da operação não foi divulgado.
A Rapidão Cometa, fundada há 70 anos e com sede em Recife, atende a todos os Estados do país e tem mais de 17 mil clientes, aos quais atende com cerca de 770 veículos e 9.000 funcionários.
A FedEx espera que a transação seja concluída no terceiro trimestre deste ano.
"O Brasil é um mercado com tremendo potencial de crescimento da economia e também do setor de logística. A aquisição está em linha com nossa estratégia de crescer nossos negócios na América Latina", disse, em comunicado, o presidente da companhia norte-americana para América Latina e Caribe, Juan Cento.
"A FedEx poderá oferecer agora um amplo portfólio de serviços no Brasil (...), incluindo serviços de valor adicional como cadeia de suprimentos e soluções logísticas", acrescentou.
Representantes da Rapidão Cometa não puderam comentar o assunto de imediato.
Segundo a FedEx, a integração dos negócios de logística, distribuição e carga expressa da Rapidão Cometa deve ocorrer entre 18 a 24 meses após a conclusão do negócio.
(Por Alberto Alerigi Jr.) via UOL

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Brasil caiu em ranking mundial de logística

País saiu da 41ª para a 45ª colocação em relatório de desempenho do setor elaborado pelo Banco Mundial. Diferença entre países ricos e pobres parou de diminuir.

O Brasil caiu de posição no ranking mundial de desempenho em logística para o comércio, de acordo com pesquisa divulgada em 15 de maio pelo Banco Mundial. O País passou do 41º lugar na lista anterior, publicada em 2010, para o 45º na atual. O levantamento foi feito com cerca de mil operadores internacionais do setor e contém informações sobre 155 países.

O recuo brasileiro nesta terceira edição do relatório ocorreu depois de um avanço da 61ª para a 41ª posição na primeira, em 2007, para a segunda, em 2010. O País foi especialmente mal no quesito “alfândega”, um dos indicadores que compõem o ranking. Nessa seara, o Brasil ficou no 78º lugar e somou 2,51 pontos. A pontuação vai de 1 (pior) a 5 (melhor).

Entre os 10 países de “renda média-alta” com melhores performances em logística, o Brasil ficou na 9ª colocação, à frente apenas do México. Dessas nações, somente o Brasil e a Tailândia caíram no ranking de 2012. África do Sul, China, Turquia, Bulgária, Chile, Tunísia e México subiram, enquanto que a Malásia manteve a mesma posição.
Segundo François Arvis, um dos autores do estudo, não há explicação simples para a mudança de colocação do Brasil, mas provavelmente outras nações progrediram mais nessa área, ao passo que o País ainda luta para melhorar seus portos e sistema aduaneiro sob a pressão de um comércio e economia crescentes.

Compõem os indicadores, além da questão alfandegária, dados sobre infraestrutura, fretes domésticos, qualidade e competência em logística, rastreamento e localização e pontualidade. A nota média do Brasil ficou em 3,13, contra 4,13 de Cingapura, que ocupa o primeiro lugar na lista.

As péssimas condições das estradas, obstáculos como a necessidade de balsas em algumas regiões, frota deteriorada, a burocracia e a falta de conhecimento de causa, são os principais motivos para esta queda, muito se fala sobre o crescimento de outros países, crise financeira mundial, mas o Brasil continua crescendo, a indústria brasileira continua se solidificando, o comercio varejista mesmo com certas dificuldades, continua crescendo, a economia brasileira tem enfrentado de frente a crise mundial e se saído muito bem, então porque o setor logístico está em queda?

Enquanto o governo não investir em melhoria de estradas, abertura de novas estradas, pontes, ferrovias, credito especifico para o setor logístico, investimentos em tecnologia, desburocratização, capacitação, e até mesmo incentivo para que a indústria possa sair de um polo e se instalar em todas as regiões do país, o Brasil vai continuar caindo no ranking.

Quem vive logística no seu dia-dia, sabe onde estão os gargalos, quais são as maiores dificuldades, onde há a necessidade de investimento, é o motorista que passa dias em uma fila para travessia de balsa, por faltar uma ponte,  é a transportadora que leva o prejuízo de uma quebra do caminhão, devido a falta de pavimentação adequada, é o profissional da logística que sabe o quanto onera um frete quanto não tem carga retorno em sua região, e são principalmente os clientes finais (população) que sofre com altos preços e com a falta de produtos. São estes profissionais que o governo deve consultar, caso queira solucionar o problema logístico brasileiro.

Marcos Lima
Fonte: Mundo Logística


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Crise e Isolamento no Acre


A crise no comercio é nacional e mundial, mas o Acre vive um momento complicado, principalmente para o setor logístico. Por está no “final de linha” da logística brasileira, e por depender quase que 95% de produtos de outros estados, principalmente do centro sul do país, o Acre sofre constantemente com problemas de abastecimento e tem uma das mais complicadas e caras, logística do Brasil.
Durante o verão o problema é a seca do rio Abunã/Madeira, o qual depende de balsa para a travessia, no inverno o problema é a deterioração das estradas, existem ainda os problemas com manifestos de algumas comunidades, que quando querem reivindicar alguma coisa, fecham a BR 364, outro agravante é a falta de indústrias no Acre, isso faz com que muitas carretas voltem vazias até o estado de Rondônia, por não ter o que levar para o sul do país.
Os únicos produtos que saem do estado são; Carne, madeira, Castanha, Preservativo, Papelão (Para reciclagem), Couro e Farinha de Osso, isso limita os tipos de carretas que podem vir ao estado e a demanda destes produtos não são suficiente para quantidade de carretas que transportam para o Acre, fazendo com que muitos voltem vazios até Rondônia.
Atualmente a logística acreana está enfrentando sérios problemas devido à deterioração da BR 364, principalmente do lado de Rondônia, o trecho de Vilhena para o Acre, está praticamente intrafegável, em algumas partes sumiu totalmente o asfalto, a falta de manutenção só tem agravado a situação, a viagem neste trecho está demorando o dobro do tempo, aumenta consideravelmente o gasto dos pneus, a quebra de carretas tem se tornado mais constante, isso tem feito com que muitos carreteiros e transportadores evitem pegar frete para o Acre, dificultando o transporte em todos os setores, aquelas que se arriscam vir, sofrem com a falta de produtos para retorno, muitos chegam a ficar parados duas semanas nos postos aguardando uma carga, outros voltam vazios até algumas cidades do estado de Rondônia onde conseguem cargas com maior facilidade.
Para cobrir todo este prejuízo, o preço do frete sofre grandes reajustes que incidem diretamente no preço final do produto oferecido ao consumidor. O Consumidor é o mais prejudicado com tudo isso, pois além da falta de produto, tem que pagar mais caro pelos itens de primeira necessidade.
Uma alternativa para amenizar este transtorno, seria a importação de alguns itens de primeira necessidade do país vizinho, Peru, a rodovia transoceânica já é uma realidade, mas importar ainda é uma utopia, devido aos processos burocráticos, que fazem muitas vezes uma carga ficar até 20 dias no posto fiscal de fronteira, mas isso será assunto para outro artigo.
Enquanto o estado não criar incentivos para atrair indústrias, enquanto os políticos acreanos não pressionarem para construção da ponte sobre o rio Abunã, o consumidor acreano vai ter que se acostumar a viver com estas dificuldades e a logística local, continuara sendo uma das mais complicadas e onerosas do país.

Por: Marcos Lima – Gerente de Logística e Transporte


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Transportadoras que operam no Amazonas enfrentam crise

Um comunicado oficial da CETAM, Câmara Técnica das Empresas de Transporte na Amazônia, da NTC&Logística, alerta o mercado para a situação atual do mercado de cargas na região. De acordo com o comunicado, houve redução nas cargas embarcadas em Manaus pelo modal rodoviário/fluvial no primeiro quadrimestre do ano.


Segundo a entidade, existe tendência de agravamento da situação de retração do mercado para o transporte rodoviário/fluvial na região, com o aumento do transporte pelo modal marítimo, na cabotagem.

“O desequilíbrio de fluxo entre as cargas embarcadas e destinadas para Manaus obriga o trânsito de caminhões vazios. A necessidade de manter a frota em trânsito para atender uma parte do fluxo ocasionou forte concorrência predatória. As empresas transportadoras da rota Manaus estão amargando grandes prejuízos financeiros. Os reflexos destes prejuízos geram desemprego e inadimplência. Os caminhões agregados e autônomos sofrem os reflexos deste mau período para o transporte rodoviário”, dizem trechos do comunicado.

Diante da situação, a Câmara Técnica da NTC fez diversas recomendações às empresas:
– Reconhecer a atual conjuntura e sem precipitações aguardar a recuperação do mercado de cargas.
– Manter o fluxo de caminhões necessário para atender o mercado de usuários do transporte rodoviário/fluvial.
– Alertar os clientes usuários das dificuldades impostas as Empresas de transporte de carga, lembrando que a sazonalidade inverterá o uso dos modais.
– Transferir para as tarifas os custos decorrentes do desequilíbrio no fluxo de cargas.
– Zelar para a manutenção dos prestadores de serviços terceirizados: transportadores agregados e autônomos.
– Reunir-se com a frequência necessária para atualizar e estudar as medidas necessárias para enfrentar a situação adversa.
– Em 60 dias ter propostas concretas a serem apresentadas nas reuniões que ocorrerão durante a TRANSPO AMAZÔNIA (26,27 E 28 de junho) em Manaus – AM.

Fonte: Imprensa SETCESP 02/05/2012